terça-feira, 20 de abril de 2010

Acróstico 2

O mar se encontra em aflição
Afoitas ondas gigantes
Lançam-se, petulantes
Brigam entre si, sem razão

O céu sente a sedição;
Suas nuvens, brancas antes
Lúdicas, arrogantes
Traem ao céu, sua mansidão

Possuem agora um só grito
É inútil pedir calma
Pelo caos que se formou

Vivo, eu, todo o conflito
É a resposta de minh'alma
Na tempestade que eu sou.
Me calo
Pois minhas palavras não mais tem sentido
Meus gestos são lentos e sem razão
Porquê ouvir meu coração
Se suas palavras já me soam por um fio ???

Não falo
Não ouço
Não sorrio
Me entreguei ao meu próprio abismo
Talhado em meio ao cinismo
De um amor que acreditei

Amei ???
Não sei
Mas aquelas pessoas queridas
Que hoje se mostram esquecidas
Não foram mais que desenganos

E eu,
Louco, insano, sofrendo
Murmuro palavras perdidas
Como se em minh'alma houvessem feridas
E essas feridas tivessem mil anos.